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Os sarcomas são tumores raros que comprometem os tecidos conjuntivos que ficam entre a pele e os órgãos internos, como músculos, tendões e gordura. Eles são menos de 1% de todos os tipos de câncer. E, se originam, na maior parte da vezes, de tecidos de sustentação do corpo como osso, músculo, cartilagem, vasos, tecido gorduroso e sinovial.
A maioria dos sarcomas está localizada nos membros inferiores e superiores, podendo surgir de partes moles como, gordura, nervos, tecidos fibrosos, vasos sanguíneos ou tecidos mais profundos da pele.
Existem mais de 50 subtipos de sarcomas de partes moles, confira:
Quais os locais mais comuns de sarcoma?
O local mais comum de aparecimento dos sarcomas de partes moles: coxa, braços, pernas, abdome e pescoço. Os sarcomas ósseos são mais comuns ao redor do joelho, nos osso de fêmur distal e tíbia proximal. Também podem aparecer no úmero, rádio distal e de forma menos comum nos ossos da bacia, coluna e escápula, além de outros. Além disso, quando a doença formar metástases, elas são mais comuns nos pulmões, podendo atingir também o sistema linfático.
Qual a causa dos sarcomas?
De certa forma, não existe uma causa única para o surgimento dos sarcomas. Na maioria das vezes, ele pode surgir de maneira aleatória, sem causa aparente.
Em geral, o câncer ocorre quando as células desenvolvem mutações no seu DNA. Sendo assim, as alterações no DNA fazem com que as células cresçam e se dividem sem controle. As células anormais que se acumulam, formam um tumor que pode crescer e invadir estruturas vizinhas e vasos sanguíneos, podendo se espalhar para outras partes do corpo. Portanto, o tipo de célula que se desenvolve a partir dessa mutação genética determina o tipo de sarcoma de partes moles em questão.
Quais são os sintomas de Sarcomas?
Os sintomas costumam ser discretos, e por isso, o diagnóstico pode levar bastante tempo para ser realizado. Em partes moles, surgem como um pequeno nódulo ou “caroço” que costuma crescer lentamente, é indolor e não causa inflamação local. No entanto, é importante que qualquer aumento de volume maior 5cm seja avaliado pelo especialista.
O principal sintoma dos sarcomas ósseos é dor. Inicialmente é uma dor leve, mas que pode progredir em intensidade e ficar constante com o passar do tempo. Sendo assim, os sarcomas ósseos podem apresentar:
Diagnóstico
Inicialmente, o diagnóstico é feito com o levantamento do histórico clínico e o exame físico. Neles serão analisados os sinais e sintomas manifestados pelo paciente. No entanto, se há suspeita de um sarcoma em qualquer parte do corpo, são realizados exames de sangue e de imagem para detectar outros possíveis sinais da doença. Porém, a confirmação é feita por meio de biópsia.
No caso de sarcomas ósseos, são solicitados Tomografia do Tórax e Cintilografia óssea. No caso de sarcomas de partes moles, são solicitadas Tomografias ou PET-CT, que é um exame que avalia o corpo inteiro com maior precisão.
Tratamento
O tratamento depende do tipo de tumor, de sua localização. Comumente, é feito em duas etapas: primeiro, cirurgia para retirada do tumor e áreas próximas, como margem de segurança; em seguida, radioterapia, a fim de diminuir a possibilidade de reaparecimento da doença. Em casos de metástase, utiliza-se a quimioterapia para combater as células malignas que se espalharam para outros órgãos. Sendo assim, a quimioterapia deve ser usada ainda de forma prévia, objetivando reduzir o tamanho do tumor antes da cirurgia.
Mas afinal, sarcoma tem cura?
Segundo o Dr. Rebolledo, geralmente, grande parte dos sarcomas pode ter cura. No entanto, os casos mais favoráveis para cura são aqueles de sarcoma de baixo grau e os de alto grau ainda pequenos e sem metástases. Por isso, é muito importante o diagnóstico precoce e o tratamento em centro médico especializado e com abordagem multidisciplinar. A maior chance de cura ocorre quando o sarcoma é tratado adequadamente no primeiro tratamento.
Entretanto, nos casos de sarcomas de alto grau, de grande tamanho e naqueles metastáticos, as chances de cura são menores e o tratamento é mais difícil, mas mesmo assim existe uma série de tratamentos que devem ser feitos para aumentar a sobrevida do paciente com a melhor qualidade de vida possível.
Eai, gostou do artigo? Agende uma avaliação com o Dr. Daniel Rebolledo, que é ortopedista e traumatologista especializado em Oncologia Ortopédica e Cirurgia do Quadril.
O Dr. Daniel é Oncologista Ortopédico e Especialista em Cirurgia do Quadril, tendo grande reconhecimento nessa área pelo Brasil e mundo afora. Hoje ele é credenciado e realiza cirurgias em Hospitais famosos como: Albert Einstein, Hospital Sírio-Libanes, Oswaldo Cruz e Hospital Santa Catarina, sendo referência no tratamento de problemas oncológicos ortopédicos e também como Especialista em cirurgia do quadril.
Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT)
Membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Ortopédica
Membro da Sociedade Internacional de Salvamento de Membro (ISOLS)
Médico Assistente do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP)
Médico Consultor do Grupo de Oncologia Ortopédica do Hospital Mário Covas da Faculdade de Medicina do ABC
Membro da diretoria da Associação Brasileira de Oncologia Ortopédica