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Quais os sintomas dos sarcomas de partes moles?
Se você está lendo este post, provavelmente têm alguma suspeita de sarcoma em algum exame de imagem como uma tomografia computadorizada ou ressonância magnética.
Aí você deve estar se perguntando quais os principais sinais e sintomas dos sarcomas de partes moles.
Por isso, é muito importante saber os principais sinais e sintomas para que possa ser feito um rápido diagnóstico e um tratamento mais eficiente.
Os principais sintomas dos sarcomas de partes moles são:
- Aumento de volume local
- Dor
- Tamanho maior que 5cm
- Inflamação
- Ínguas (linfonodos)
- Dilatação de veias
- Ulceração
Afinal, o que é um sarcoma de partes moles?
Antes de falar sobre os sintomas desse sarcoma, é muito importante saber o que é um sarcoma e o que é um sarcoma de partes moles .
Os sarcomas são tumores malignos (Câncer) que costumam crescer em tecidos de sustentação do corpo.
Diferente dos sarcomas ósseos que se originam no osso, os sarcomas de partes moles possuem esse nome pois ele se originam em tecidos como músculos, gorduras, ligamentos e vasos.
Os sarcomas de partes moles podem atingir qualquer pessoa de todas as faixas etárias, mas são mais comuns em pacientes acima de 50 anos.
Atualmente existem cerca de 50 tipos de sarcomas de partes moles.
Os sarcomas de partes moles mais comuns são:
– Fibrossarcoma.
– Sarcoma pleomórfico.
– Leiomiossarcoma.
– Rabdomiossarcoma.
– Sarcoma epitelióide.
– Sarcoma alveolar.
– Mixofibrossarcoma.
E quais os sintomas dos sarcomas de partes moles?
Abaixo, falo sobre os principais sintomas de partes moles que todos os pacientes e médicos devem ficar atentos.
Aumento de volume local
Geralmente, o sarcoma de partes moles apresenta um aumento de volume no local.
É comum que o paciente sinta um nódulo palpável, ou um aumento de volume local, sem outros sintomas inicialmente.
O fato desse aumento de volume não causar dor, não afasta a possibilidade de ser um sarcoma.
Assim que sentir qualquer nódulo no corpo, o paciente precisa procurar ajuda, já que pode ser um simples tumor benigno ou até mesmo um sarcoma em crescimento rápido.
Uma característica comum desse tipo de tumor é o crescimento, que nem sempre o paciente consegue perceber com clareza.
Dor
Quando o sarcoma de partes moles está muito grande, ou quando comprime estruturas nervosas, ou vasculares, ele também pode provocar dor, mas é importante ficar atento, já que este não é um sintoma comum nas fases iniciais do sarcoma.
Existem sarcomas de partes moles menos agressivos, que são chamados de sarcomas de baixo grau. Eles crescem mais lentamente e podem nunca causar dor.
Os sarcomas de partes moles de alto grau são mais agressivos e crescem de forma mais rápida, sendo mais frequentemente acompanhados de dor pois comprimem a musculatura ao seu redor e áreas mais sensíveis como nervos e vasos.
Tamanho maio que 5 cm
Agora qual o tamanho do aumento de volume que devemos prestar atenção?
Em geral, qualquer aumento de volume acima de 5cm é suspeito para sarcoma, mesmo que não haja sintomas dolorosos. Isto corresponde ao tamanho aproximado de uma bola de tênis de mesa ou pingue-pongue.
Já nas extremidades como mãos e pés, os sarcomas de partes moles costumam ser diagnosticados com tamanhos menores, ao redor de 2 a 3 cm e podem mitas vezes serem confundidos com cistos.
Inflamação
Nos casos mais avançados, o tumor pode inflamar a região em que está localizado, pelo seu crescimento e compressão de estruturas ao seu redor.
Os sintomas de inflamação são:
- Dor
- Aumento de temperatura local
- Vermelhidão na pele.
Ínguas (linfonodos)
O paciente pode perceber que além do crescimento no local do tumor, pode haver um aumento de volume nas regiões da virilha ou axila. Popularmente, estes aumentos de volume são conhecidos como ínguas, mas correspondem a linfonodos aumentados.
Os linfonodos podem ficar aumentados simplesmente pela inflamação do membro que está com o tumor, mas em alguns casos, pode significar a disseminação do sarcoma para outros locais (metástases).
Toda íngua, ou linfonodo aumentado no paciente deverá ser investigado
Dilatação de veias
A dilatação de veias pode ocorrer quando o tumor está perto de veias principais e começa a fazer compressão sobre elas.
Isto dificulta o retorno venoso e dilata as veias que estão antes do encontro com o tumor.
Em geral, isto ocorre quando o tumor já está de grande volume e com crescimento rápido e significa que o tumor já está de grande tamanho e avançado localmente.
Ulceração
Em casos mais avançados, o sarcoma pode perfurar a pele, causando extravasamento do tumor e hemorragia local.
Este também é um sinal de que o tumor está avançado localmente e pode causar anemia aguda no paciente e infecção local ou generalizada.
Em geral, a ulceração do tumor implica em um tratamento mais completo e difícil para o paciente.
Conclusão
Em conclusão, os sarcomas são tumores malignos silenciosos. Todo cuidados é pouco.
Seu crescimento pode ser lento, sem chamar a atenção do paciente , ou do próprio médico.
É importante avaliar qualquer nódulo acima de 5 cm , pois sempre existe a chance de ser um sarcoma.
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Conte com o Dr. Daniel Rebolledo
Dr. Daniel Rebolledo é ortopedista e traumatologista especializado em Oncologia Ortopédica e Cirurgia do Quadril.
Caso tenha dúvidas sobre seu caso, agende uma consulta!
Referências:
https://www.cancer.org/cancer/soft-tissue-sarcoma/detection-diagnosis-staging/signs-symptoms.html
https://www.mayoclinic.org/diseases-conditions/soft-tissue-sarcoma/symptoms-causes/syc-20377725
O Dr. Daniel é Oncologista Ortopédico e Especialista em Cirurgia do Quadril, tendo grande reconhecimento nessa área pelo Brasil e mundo afora. Hoje ele é credenciado e realiza cirurgias em Hospitais famosos como: Albert Einstein, Hospital Sírio-Libanes, Oswaldo Cruz e Hospital Santa Catarina, sendo referência no tratamento de problemas oncológicos ortopédicos e também como Especialista em cirurgia do quadril.
Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT)
Membro da Sociedade Brasileira de Oncologia Ortopédica
Membro da Sociedade Internacional de Salvamento de Membro (ISOLS)
Médico Assistente do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP)
Médico Consultor do Grupo de Oncologia Ortopédica do Hospital Mário Covas da Faculdade de Medicina do ABC
Membro da diretoria da Associação Brasileira de Oncologia Ortopédica