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Cordoma

O Cordoma é um tipo raro de câncer que se origina principalmente na coluna, na base do crânio, no sacro e no cóccix.  Estima-se que sua incidência seja de cerca de 1 caso para cada 1 milhão de habitantes, ou seja, no Brasil provavelmente aparecem cerca de 200 casos por ano.

Este tumor  acomete mais pessoas entre 50 e 70 anos, mas pode aparecer em qualquer idade. É mais comum em homens do que em mulheres.

O cordoma é um tumor que cresce lentamente e de forma silenciosa, mas pode se espalhar para outros órgãos depois de um longo tempo de evolução. 

Como o cordoma cresce lentamente, no início do seu aparecimento ele é assintomático, ou seja, não provoca sintomas.Com o passar do tempo, ele vai  destruindo e comprimindo as estruturas ósseas e nervosas ao seu redor podendo provocar:

  • Dor na coluna.
  • Aumento de volume na região acometida.
  • “Formigamento”, “queimação” e fraqueza na região de membros inferiores ou superiores.
  • Perda de controle de urina e dificuldade de evacuação.

O tratamento do cordoma muitas vezes é difícil. A cirurgia é o melhor tratamento quando o tumor pode ser ressecado com margens de segurança porém, em muitos casos é difícil de ser realizada devido à invasão de estruturas neurológicas. Outras opções de tratamento são radioterapia, radiocirurgia,quimioterapia e imunoterapia.

PerguntasFrequentes

Como é feito o diagnóstico do Cordoma?

O cordoma cresce lentamente. Por este motivo, apresenta poucos sintomas durante sua evolução e pode ser diagnosticado quando já está com grande volume e com invasão de diversas estruturas.

Para realizar o diagnóstico, o médico assistente irá avaliar a história clínica, realizar o exame físico para verificar se existe algum déficit neurológico. 

É muito difícil a identificação do cordoma na radiografia simples.

Tomografia Computadorizada e Ressonância Magnética são exames que demonstram com maior clareza o tumor e sua extensão de partes moles e invasão de estruturas neurológicas.

Caso um cordoma , ou algum outro tumor seja suspeito, deverá ser realizada uma biópsia. Neste procedimento, é retirada uma amostra do tumor com um agulha ou com uma pequena cirurgia. Esta pequena quantidade de tumor é analisada com microscópio em laboratório onde são feitos os exames anatomopatológico e imunohistoquímica que irão definir o diagnóstico do cordoma.

Como é feito o tratamento do Cordoma?

O tratamento do cordoma depende de sua localização, de seu tamanho, das estruturas vizinhas e neurológicas que já invadiu, se tem ou não metástases e da idade do paciente.

As opções de tratamento são :

  • Cirurgia: é o melhor tratamento quando o tumor pode ser ressecado com margens de segurança porém, em muitos casos é difícil de ser realizada devido à invasão de estruturas neurológicas.
  • Radioterapia: inclui o tratamento com altas doses de radiação com objetivo de matar as células cancerígenas. A radioterapia pode ser realizada antes ou depois da cirurgia, ou em casos em que ela não pode ser realizada.
  • Radiocirurgia: é realizada por meio de múltiplas bobinas que permitem uma dose maior de irradiação no tumor, sem lesar os tecido adjacentes.
  • Quimioterapia: é feita principalmente em pacientes metastáticos, mas não faz partes do tratamento inicial do cordoma por não ter uma grande resposta.
  • Imunoterapia: é uma nova classe de medicamentos que pode ser utilizada em diversos tipos de câncer, mas ainda não têm protocolo estabelecido para o cordoma.

O tratamento costuma ser complexo e difícil. É muito importante que seja feito com cirurgião e equipe experiente no tratamento e condução deste tipo de tumor.
A cirurgia para ressecção do cordoma pode ser extremamente complexa e pode trazer grandes riscos e sequelas ao paciente. Pode ser que o paciente tenha grandes limitações para caminhar, necessite de apoio de muletas de forma permanente e em alguns casos pode ter dificuldade para controlar fezes e urina. Deve-se discutir extensamente a possibilidade e indicação da mesma antes que seja realizada. Caso o cordoma não seja ressecado com margens amplas, existe uma grande chance de recidiva local.

Cada paciente com diagnóstico de cordoma deve ser avaliado  por especialista que irá explicar as características de seu tumor , as opções de tratamento e as possíveis sequelas inerentes ao tumor e à cada tipo de tratamento.

Dr. Daniel Rebolledo

  • Membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT)
  • Membro da Sociedade Internacional de Salvamento de Membro (ISOLS)
  • Médico Assistente do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo (ICESP)
  • Médico Consultor do Grupo de Oncologia Ortopédica do Hospital Mário Covas da Faculdade de Medicina do ABC
  • Membro da Associação Brasileira de Oncologia Ortopédica (ABOO)
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Dr. Daniel

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